Dedo de Deus – Face Leste

O Dedo de Deus com seus 1.692 metros de altitude está situado na Serra dos Órgãos, foi conquistado pela primeira vez em 1912 pela via Teixeira e atualmente possui várias vias de escalada até o cume, sendo a linha da Face Leste uma das mais famosas onde possui duas variantes: Diedro Blackout e variante Maria Cebola.
Tudo iniciou com o convide do Ederson e no mesmo dia estava fechado o grupo sendo composto pelos amigos, Leandro Cechinel, Maurilio Hadas e o Ederson Brommelstroet. Nenhum de nós já havia feito o Dedo de Deus e iriamos escalar a face Leste, via Maria Cebola.
Iniciamos um rápido planejamento com divisões das tarefas, logística de transporte, logística na parede, reservas do parque e refúgio, trilha de aproximação, equipamento necessário e entre outras.
Partimos de Curitiba em direção a Teresópolis onde ficamos no Refúgio Serra dos Órgãos, onde chegamos no início da manhã e naquele dia tiramos para conhecer a região e organizamos os equipamentos.

No dia seguinte partimos de carro antes do amanhecer para a base da via onde deixamos o carro na parte de atrás do estacionamento Paraíso das Plantas (Um centro comercia que fica na estrada, muito próximo da entrada da trilha).
Descemos andando pela direita do acostamento ate chegar em uma discreta entrada que fica à direita, seguimos por trilha até o início dos cabos de aço, uma caminhada com grande inclinação e que dura entorno de 45 minutos.

O inicio dos cabos de aço é um pouco mais vertical e após uns 100 metros de escalada, a subida começa se alternar em trechos de cabo de aço e trilha.
A via Maria Cebola não é de grande dificuldade técnica, mas um pouco exposta principalmente no diedro da Maria Cebola, porém é toda protegido diferente das chaminés que praticamente não existe proteções apesar de serem lances sem grandes dificuldades técnicas.
Graduada como D4 e com uma elevada duração, muitos lances de chaminé até chegar em um platô onde existe uma escada que é utilizada para ascensão ao cume.

Tivemos um problema com um grupo que havia bivacado um dia antes na base da Maria Cebola, eles conseguiram estalar a mochila em uma das chaminés fazendo com que gerasse um congestionamento na via e por conta disso nos atrasamos bastante, mas mesmo assim conseguimos chegar ao cume e realizar o rapel pela via Teixeira ainda com os últimos raios de luz, um por do Sol incrível.